sábado, 11 de março de 2017

Uma fonte esquecida e limpa: um resumo sobre energia nuclear

Uma fonte esquecida e limpa: um resumo sobre energia nuclear 

de Marco Magli

Venho por meio deste texto defender uma forma de obtenção de energia, viável, com bom custo/benefício e limpa: a Energia Nuclear. Basicamente, a energia nuclear é liberada a partir da interação de núcleos de átomos. O desenvolvimento na pesquisa dessa área avançou exponencialmente no período da 2° Grande Guerra, em meados do século XX, quando em 1942, a primeira reação em cadeia foi obtida na Universidade de Chicago, pelo Projeto Manhattan.

A primeira usina nuclear, para gerar energia elétrica a parti da fissão nuclear com fins civis, foi inaugurada em 1956 no Reino Unido. A Guerra Fria, período do final a da 2° Guerra Mundial até 1991, propiciou avanços neste promissor setor, até 1986, quando um desastre nuclear, provocado por falha humana, ocorreu em Chernobyl. A partir deste momento a energia nuclear passou a ser rejeitada, pela sociedade e por governos, sofrendo com um forte lobby de empresas especializadas em ouras matrizes energéticas.

Em 1984 começa a funcionar a primeira usina nuclear no Brasil, mesmo que fabricada quase inteiramente na Alemanha, Angra 1. É nessa época, no fim dos anos 1980, que surge a Aben (Associação Brasileira de Energia Nuclear) e o Apub (Programa de Aceitação Pública de Energia Nuclear), ambos para defender essa energia no Brasil.

Ultimamente, com novas tendências ambientais, políticas e econômicas, como a preocupação com o aquecimento global, o aumento do preço do petróleo e as tensões no Oriente Médio, a energia nuclear parece ser uma alternativa a se pensar.

Muitos países estão construindo usinas nucleares, só a China tem a intenção de construir brevemente 109. Atualmente 31 países possuem reatores nucleares gerando energia elétrica em seu território, mas esse número tende a aumentar.

O Brasil construir seu terceiro reator em 2009, Angra 3, mas nos últimos tempos tem diminuído o investimento neste importante ramo energético. Temos apenas 3% de nossa energia total sendo gerada com usinas nucleares. Estamos muito distantes de países desenvolvidos, com a França, com 75% ou os EUA, com 23%.

A “matéria prima” da energia nuclear é urânio (ou plutônio, ou césio, etc...) enriquecido, não uma fonte fóssil, ou seja, não emite gases estufa, uma de suas principais vantagens. O Brasil possui um dos urânios de mais alta qualidade do mundo, porém não tem tecnologia suficiente para efetuar seu enriquecimento.

Outra qualidade marcante das usinas nucleares é que ela precisa de muito menos espaço de instalação do que outras matrizes, em comparação com hidroelétricas ou maremotrizes, interferindo menos no meio ambiente. Hidroelétricas, nossa principal fonte, também podem alterar o ciclo de chuva do local onde está. Mais uma qualidade da energia nuclear é que é possível fazer o reprocessamento do urânio, não completamente, pois 40% da massa inicial é perdido no processo, que o torna uma energia “semi-renovável”.

Os maiores desafios quanto a energia nuclear são evitar novos acidentes e isolar o lixo radioativo que se forma na produção. Quando ao primeiro, se tem inúmeras vezes mais mortes por acidentes ligados à obtenção de combustível fóssil do que ligados à energia nuclear, sempre relacionados com erros humanos, de operação ou planejamento. Já o lixo radioativo pode ser resolvido apenas com soluções um pouco caras. Mas é importante lembrar que tecnologias imprescindível e perto de nós sofrem dos mesmos problemas, como máquinas de raio X. Por isso é necessário investir pesadamente na pesquisa nuclear, para que o desenvolvimento de novas tecnologias baratas e seguras seja veloz.

Bibliografia:

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